A Promessa Natalícia

Outra vez estamos diante das tradições seculares que influenciam nosso cotidiano. Agora, a comemoração do Natal pagão, de origem incerta, de aspectos consumistas, e repleto de imagens e filosofias que tentam usurpar a glória do Unigênito, cegando os que se deixam seduzir, manifesta, mais uma vez, o cuidado do mundo em conservar algo que o faça esquecer-se do Cristo.


Por certo, os cristãos são beneficiados por feriados nacionais; os familiares têm oportunidades de se reunirem e confraternizarem. Mas vemos, nesse momento em particular, uma ocasião especial para tornar a lembrar da promessa, já cumprida, do nascimento do nosso Salvador Jesus Cristo; fortalecendo-nos na viva esperança que temos nele, e desejando que Deus, mediante nosso testemunho, venha desprender dos laços do inimigo os que ignoram o sacrifício de Cristo na cruz do calvário.


A primeira promessa foi feita ainda no Éden, em favor do homem, na presença dele, dirigida ao seu opressor, a saber, Satanás, não por meio de profetas, mas pela boca do Deus Altíssimo: e porei inimizade entre ti e a mulher e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar (Gn 3.15). Desde então, em todas as gerações houve pessoas que esperaram a semente da mulher, o Cristo — o Salvador do mundo. E o menino foi apresentado a uma geração, sendo representada por Simeão, ao qual foi revelado pelo Espírito Santo que ele não morreria antes de ter visto o Cristo do Senhor (Lc 2.26); e Simeão ficou diante daquele que iria pôr em liberdade os oprimidos, tirando a vergonha do homem diante de Deus e dando-lhe confiança para chegar-se ao trono da graça.


Seu nascimento foi sobrenatural. Durante os séculos, os profetas reafirmaram a promessa ao povo, esclarecendo-lhes a intenção do Senhor desde a fundação do mundo. Sobre a concepção relatou o profeta Isaías: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel (Is 7.14). E o menino Jesus cresceu em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens (Lc 2.52). E chegado o momento, foi oferecido em sacrifício, morrendo na cruz. Porque, todavia, ao Senhor agradou o moê-lo, fazendo-o enfermar, porém, o trabalho da sua alma ele verá e ficará satisfeito; com o seu conhecimento justificará a muitos, porque as iniqüidades deles levará sobre si (Is 58.10,11). Mas Deus o ressuscitou, soltas as ânsias da morte, pois não era possível que fosse retido por ela (At 2.24).


E esse Jesus, a quem foi dado todo o poder no céu e na terra, nos fez uma promessa; e esta é a promessa que ele nos fez: a vida eterna (1 Jo 2.25). E foi ensinado que é necessário nascer de novo, sendo concebidos da água e do Espírito. Assim, somos gerados por uma virgem, a Igreja, a qual será apresentada a um marido, a Cristo.


Nós, a igreja dos primogênitos, fomos ressuscitados por Deus. Morremos juntamente com Cristo, e com ele também viveremos. Morremos para o pecado, para que por Cristo alcançássemos a vida eterna.


O mesmo Jesus, coroado de honra e glória, convida a todos para participar dessa promessa. Hoje é dia oportuno para cear; não somente na mesa familiar, mas também na mesa do Senhor.


“Quem come da minha carne e bebe do meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último Dia.” (Jo 6.54)


P.S.: Não temos motivos para vivermos tristes, mas sim alegres por alcançarmos tão grande salvação. Em tudo glorificando a Deus, em Cristo Jesus; sendo tudo santificado pela oração. Sendo assim, desejo a todos um...


Feliz Natal!!!



Wesley Rezende



O que está preenchendo o ser?

Em algum momento podemos nos considerar vazios. No entanto, o tempo que gastamos meditando em que situação nos encontramos demonstra que duvidamos desse conceito. Por não chegarmos ao conhecimento dos fatos, não discernirmos a realidade dos nossos sentimentos, e principalmente, estarmos distante de Deus a ponto de não mais enxergar esperanças, reconhecemos a nossa incapacidade de julgar o que está em nós.

Quando desistimos de encontrar uma resposta sozinhos podemos tomar dois caminhos distintos. O primeiro é se entregar à indiferença às próprias dores e ao desinteresse no futuro. Neste caso, falta-nos a coragem de admitirmos que somos pessoas amargas.

Ora, não existe vazio, não existe vácuo; não há lugar que Deus não alcance. O Senhor criou a terra, e não a deixou vazia; antes a preencheu com vida. E a criação, em Seu próprio julgamento, é boa. No entanto, por causa do pecado, deu-se início ao império da morte no mundo.

E a vida depende do espírito. Porém, se estamos, pelo pecado, mortos espirituais não estamos vazios, antes somos preenchidos por aquele que tem o império da morte. E o tédio, a solidão, a antipatia e a tristeza são utilizadas como ferramentas de opressão. E um abismo leva a outro. Na verdade, quando escolhemos o caminho da indiferença nos afundamos ainda mais na ilusão de vazio.

Mas o Senhor é pai de misericórdias; enviou seu Filho amado para aniquilar o império do diabo. Temos vida em abundância a partir do momento que aceitamos a Cristo como nosso Senhor e Salvador. Este é o melhor caminho: clamarmos a Deus para que venha nos encher com o Espírito Santo.

O Espírito Santo nos faz transbordar de alegria; e a alegria do Senhor é a nossa força. E já não somos incapazes, pois temos a mente de Cristo (1 Co 2.16). Agora não buscamos encontrar fracassos, mas encontramos com facilidade as maravilhas que o Senhor tem operado em nossas vidas.

Se você ainda não fez sua escolha, eu te convido a aceitar a Cristo em sua vida!

Wesley Rezende

Minha Opinião Sobre A Proibição Para Alguns Membros De Casar-se Em Alguns Templos Assembleianos (2)

Como está escrito em Apocalipse, o Senhor sabe quais são as nossas obras. Deus conhece nossos pecados, a nossa hipocrisia e ignorância. Ora, a situação dos irmãos de Laodicéia era esta: “és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu” (Ap 3.17). Mas o Senhor deu a eles a oportunidade de se arrependerem (Ap 3.19). E os aconselhou: “aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças, e vestes brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os olhos com colírio, para que vejas” ( Ap 3.18).

Todos os que estão em comunhão com o Senhor Jesus Cristo são santificados por ELE, e pelo Seu sangue têm suas vestes embranquecidas. Portanto, estão preparados para as bodas do Cordeiro; com certeza não serão expulsos como aquele relatado na parábola das bodas (Mt 22). Ora, se estamos preparados para comparecermos diante de Deus, não estamos, contudo, para casar numa igreja?

Mesmo que tenhamos cometido pecado, se nos arrependermos e confessarmos, o Senhor nos perdoa e nos purifica (2 Cr 7.14; Is 43.25; Mt 26.28; Cl 1.14). O Senhor também incumbiu a igreja de julgar os irmãos, está escrito: “Àqueles a quem perdoardes os pecados, lhes são perdoados; e, àqueles a quem os retiverdes, lhes são retidos” (Jo 20.23). Logo, se a igreja reintegrou alguém à comunhão é porque o perdoou. E o perdão tem que ser sem falsidade; temos que perdoar de forma plena, pondo em prática o amor.

Agora, o fato de a igreja continuar a castigar as pessoas que estão em comunhão sugere que não os perdoou verdadeiramente, ou não querem confessar o Senhor Jesus diante dos homens (Mt 10.32). Uma pessoa para afirmar publicamente que pertence ao Senhor Jesus, sem ser hipócrita, tem que confirmar a sua dependência DELE; e isso é confessar a todos que nós éramos pecadores, mas fomos perdoados e purificados por ELE; e que esta purificação é completa e perfeita!

Mas ainda há os afirmam que aqueles que casam sem serem virgens têm seu leito maculado. Mentira! Os que foram santificados por Deus, e não voltaram a adulterar ou praticar outros pecados, têm seus leitos limpos (Hb 13.4). Se não fosse assim, muitos obreiros fiéis de nossa igreja estariam com os leitos contaminados por praticarem coisas execráveis antes de serem cristãos.

Muitos casais aceitam a Cristo, e uma de suas motivações é a de que Jesus venha resolver problemas conjugais. E o Senhor tem poder para isto também. Estas pessoas, se deixarem de praticar pecados, se forem batizados e integrados à comunhão, não terão o casamento sem mácula?

Nós fomos chamados para pregar a remissão dos pecados (Lc 24.47), para que todos nós cheguemos “com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno” (Hb 4.16).

Wesley Santos Rezende

E Quando Os Costumes São Heresias?

Os usos e costumes são heresias quando se contrapõe às doutrinas, quando nos privam da graça de Deus. Temos que ser sóbrios, atentos ao nosso dia-a-dia, para podermos perceber as tentativas de introduzirem heresias em nosso meio. Sobretudo, para sermos poderosos para defender a sã doutrina, temos que ser fiéis à Palavra (Tt 1.9).

Não devemos dar ouvidos aos mandamentos de homens que se desviam da verdade (Tt 1.14); devemos rejeitar tudo aquilo que contraria os ensinamentos de Deus (1 Tm 4.7).

Nada justifica a desobediência a Deus. Alguns, para conservarem a paz entre os irmãos, omitem as verdades. Para não causarem escândalos se acovardam e consolidam as heresias.

Devemos, sempre que possível, evitar os escândalos (1 Co 8.13). Mas e quando alguém se escandaliza em Cristo, devemos evitar a Cristo? Claro que não! (Mt 10.33-36). Portanto, neste caso, é inevitável que escandalizemos aos outros. Disse Jesus: “E bem-aventurado é aquele que se não escandalizar em mim” (Mt 11.6).

Ora, é uma questão de prioridades. Se o comer não nos faz melhores, se é dispensável (1 Co 8.8-13), renunciamos a isso para conservamos a paz (Rm 14.15,20); por ela ser mais importante (1 Ts 5.13; Tg 3.18; 1 Pe 3.11). Agora, se o comer é indispensável para nossa vida espiritual, nunca devemos nos abster dele (Jo 4.34; 6.27; 6.53-58). E assim, não estamos destruindo a obra de Deus, mas sim batalhando por ela e para ela.

Devemos nos sujeitar uns aos outros, nos renunciarmos (Mt 16.24) em prol do benefício do próximo (1 Co 10.24). Contanto que isso não blasfeme da palavra de Deus; que não prejudique a nossa salvação, comunhão com o Espírito Santo e liberdade em Cristo.

Ora, nunca rejeitemos as dádivas de Deus. Ainda hoje, existem muitas pessoas que se escandalizam da nossa comunhão com Cristo. Não por verem falhas em nosso presente, mas sim em nosso passado. Estes desprezam o sacrifício do Senhor na cruz, e o seu poder restaurador. Jesus Cristo veio para os que necessitavam DELE: os doentes (Mt 9.12).

Então, podemos escolher entre sermos sarados por Cristo ou permanecermos doentes para não escandalizar os mortos. Podemos exercer os dons que Deus nos dá ou restringi-los; podemos nos aproximar de Deus ou nos afastar DELE; podemos usufruir da comunhão com ELE ou não. Podemos perder muito somente para não escandalizarmos a ninguém.

“O qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo” (Gl 1.7)


Wesley Rezende

Iguais Nos Costumes

A Bíblia não proíbe que tradições sejam estabelecidas. Na verdade, afirma a necessidade de termos bons usos e costumes (2 Ts 2.15; 3.6). Estes bons costumes são procedentes da fidelidade à sã doutrina, e ornamento dela (Tt 2.15). No entanto, às vezes, os bons costumes são corrompidos, e substituídos por heresias (1 Co 15.33; 2 Tm 4.4). Compete a nós rejeitar as más condutas (1 Tm 4.7).

Alguns costumes são estabelecidos para agradar a maioria. Outros são estabelecidos a partir do discernimento espiritual de nossos líderes. De qualquer forma, teoricamente, são regras indispensáveis no cotidiano de tal igreja.

Por exemplo, não há pecado, em si, no uso de uma calça por uma mulher. Mas se na igreja existe a concordância de que todas usem saias, a indiferença a este costume sugere falta de consideração dispensada às outras irmãs. O nosso amor ao próximo tem que ser maior ao apego ao vestuário.

Portanto, pode acontecer de alguém ser excluído da comunhão neste caso. Não pelo uso da calça em si, mas sim pela insistência em semear a contenda. Mesmo que o uso da calça não seja indecente, existem igrejas que não permitem. Ora, e elas têm o direito de fazer estas restrições, e preservá-las.

Não se pode condenar alguém ao inferno por causa de uma calça. Tem que estar claro que não pecam contra Deus, mas indiretamente prejudicam a união da igreja.

Atualmente, existem igrejas com diversas normas quanto às vestes. Outras são mais liberais. Se alguém não quer abrir mão de algo, que o tal procure uma igreja que tenha costumes iguais ao seu. Independentemente de alguns costumes, em qualquer igreja, se formos fiéis às doutrinas seremos salvos.


W.S. Rezende

Vestidos Com Vestes Celestiais

Ora, temos muitas preocupações na vida. Ainda mais os pais de família. Em busca do sustento, da sobrevivência, lutamos todos os dias. Mas não devemos ficar apreensivos; o Senhor não nos deixa faltar o mantimento. Deus é o Pai da Família, riquíssimo e misericordioso.

O fato de Deus nos sustentar permite que venhamos a nos ocupar mais com as coisas celestiais. Assim, priorizamos nossa vida espiritual; e preservamos nossos próprios corpos mortificados, para que se manifeste o Cristo ressurreto neles. “Mais é a vida do que o sustento, e o corpo, mais do que as vestes” (Lc 12.23).

E este corpo, a nossa casa terrestre, será desfeito. Mas temos de Deus um edifício celestial: um corpo glorioso, imortal e incorruptível. Seremos “revestidos da nossa habitação, que é do céu” (2 Co 5.2). “Se, todavia, estando vestidos, não formos achados nus” (2 Co 5.3).

Para não sermos achados nus, temos que nos “revestir de toda a armadura de Deus” (Ef 6.11). Para não sermos expulsos das bodas, temos que estar trajados de vestes nupciais (Mt 22. 11-14).

O Senhor veio ao mundo para fazer a vontade de Deus, “na qual vontade temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez” (Hb 10.10). Mas para sermos santificados, vestidos e revestidos é necessário que tenhamos fé em nosso Salvador.

Quem depende do poder purificador de Jesus Cristo? Quem foi vestido pelo Senhor? Quem acredita que seus pecados foram perdoados, por Cristo Jesus, e agora tem em sua aparência a glória do Espírito Santo?

Importa que estejamos cheios do Espírito Santo. Importa o que somos e o que seremos. Importa a obra perfeita que Cristo fez em nossas vidas. Ontem estávamos em maltrapilhos, mas hoje estamos vestidos com vestes celestiais.

“E, se Deus assim veste a erva, que hoje está no campo e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós, homens de pequena fé?” (Lc 12.28)

Wesley Santos Rezende

Minha Opinião Sobre A Proibição Para Alguns Membros De Casar-se Em Alguns Templos Assembleianos (1)

Alguns dirigentes assembleianos, individualmente, ou os obreiros da igreja em decisão combinada, proíbem a realização do casamento, no templo da igreja, de pessoas que não são mais virgens. A solução para este impasse é o aluguel de salões de festas para a celebração religiosa.

Nestes casos, os convidados – a própria igreja, os irmãos em Cristo – se reúnem no salão de festas para prestigiarem os noivos. Um pastor assembleiano realiza o matrimônio; e assim, o desejo dos noivos de terem sua união testemunhada por todos os irmãos, e receberem a bênção de Deus diante deles é cumprido. Mas é evidente que um dos pré-requisitos para uma cerimônia perfeita é o de que aconteça na igreja. Portanto, quando não acontece fica um lembrete de reprovação aos noivos.

Não há porquê realizar o casamento, na igreja, de pessoas que não estão em comunhão. Se não comem da carne e não bebem do sangue de Cristo, como a sinceridade dos noivos seria reconhecida pelos irmãos? (1 Tm 5.22). Mas se houve arrependimento dos pecados, se a igreja perdoou aos tais, se passaram pela disciplina imposta e foram restituídos à comunhão, não há motivo para negar-lhes esta honra.

Olhando para a tradição secular, a noiva vestida de branco denota a sua própria pureza. E é claro que guardar-se para o casamento é o correto. No entanto, nós que conhecemos a Cristo, sabemos que somente ELE pode nos purificar, lavar nossas vestes e embranquecê-las (1 Co 6.11; 1 Jo 1.9; Ap 7.14; Ap 22.14; Lc 12.28). Por acaso aqueles que pecaram não podem mais casar-se? Nunca mais receberão a bênção de Deus no matrimônio? A fidelidade atual, dos noivos a Deus, não é suficiente para poderem usufruir dos Seus manjares? (1 Tm 4.1-5). Mas se podem casar-se, por que não na igreja? Se os irmãos, que constituem a igreja e são mais importantes do que o templo, participam do casamento, por que não compartilhar a estrutura da igreja que é de todos?

Ainda hoje, muitos forjam leis para não serem perseguidos por causa da cruz de Cristo. É mais fácil punir alguém indevidamente do que reconhecer e depender do Cristo crucificado (Gl 6.12; Mt 9.13).

“Eles têm zelo por vós, não como convém; mas querem excluir-vos, para que vós tenhais zelo por eles” (Gl 4.17)
“Antes, sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo” (Ef 4.32)

Wesley Santos Rezende

Crentes Maquiavélicos

Ao contrário do princípio amoralista de que os fins justificam os meios, os cristãos têm a obediência a Deus como norteadora de suas vidas. Sabendo que o ser humano não é inerte: os meios pelos quais os cristãos conquistam algo são estritos aos preceitos do amor, respeito e humildade. Entretanto, temos em Deus a nossa força maior, e por obedecermos de coração a ELE sabemos que o nosso fim será glorioso; não pelas simples consequências de nossas práticas, mas pela resposta de Deus a elas. Somente a graça de Deus, revelada em Jesus Cristo, proporciona a salvação tão almejada!

Quando os meios condizentes à palavra de Deus são preservados, o nosso fim – a salvação – é garantido por ELE. Portanto, a nossa conduta diária nunca deve mudar em essência! A inconstância quanto à obediência a Deus põe em detrimento o fim desejado, além de não ser justificada nem pelo fim e nem pelo desejo. Deus não é relativo, e nada justifica a desobediência à Sua Palavra.

Entretanto, é comum encontrarmos pessoas maquiavélicas na igreja. Crentes em Maquiavel. Os meios, em essência, utilizados por estes é a desobediência a Deus, e o fim desejado é a inadiável aquisição de honra e autoafirmação. A ignorância e o amor à ilusão os fazem permanecerem crentes fiéis ao seu senhor: Maquiavel.

Eles, para se considerarem ungidos de Deus e também serem considerados por todos em volta, relatam com veemência as suas obras e responsabilidades honrosas entre o povo de Deus. Supervalorizam suas conquistas e conceituam a fidelidade à palavra de Deus como devendo ser relativa e, às vezes, dispensável.

Na verdade, os seus discursos se sintetizam em dizer a Deus: “Está vendo como eu não te obedeço, e mesmo assim as coisas dão certo?”. Tentam justificar-se exibindo uma situação pacífica ou o crescimento da igreja.

No entanto, esquecem-se de que não é mediante eles que a Igreja nasceu, cresce e permanece. Desprezam as misericórdias de Deus em suas vidas e subestimam os crentes fiéis a Cristo. Por acreditarem extremamente em seus métodos, duvidam do poder de Deus e prejudicam a Sua obra.

De fato, as portas do inferno não prevalecerão contra a Igreja. Os maquiavélicos, por confrontarem a Deus, serão julgados. Deus não se deixa escarnecer (Gl 6.7). Mas aos tais, Hoje (Hb 3.13) há ocasião para perdão e restauração.

Qualquer estado, por mais agradável que seja, não pode ser motivo para permanecermos em desobediência. O sacrifício tolo em sustentar um erro não protege a obra de Deus; a obra é protegida e sustentada por ELE para dar ocasião aos homens de se arrependerem de seus erros. O arrependimento e a confissão não nos desqualificam perante Deus; o que nos desqualificam são os pecados.

Sejamos coerentes à palavra de Deus, e não à nossa história de vida. A incoerência, em si, não caracteriza o que é certo ou errado. Os nossos prováveis erros no futuro não diminuem o mérito dos acertos de agora. E os nossos prováveis acertos no futuro não diminuem a gravidade dos erros de agora. Há momentos que a incoerência é bem-vinda. Quando estivermos em erro é necessário que mudemos de atitude, não valorizando a nossa imagem de homem coerente; mas deixando de lado o nosso passado comecemos a ser fiéis ao Senhor.

Sejamos integralmente fiéis a Deus, quer seja na bonança quer seja na aflição. Sejamos crentes na vontade de Deus em reparar os danos causados, na realização da obra confiada a nós, pela nossa dependência momentânea da desobediência. E principalmente, sejamos crentes no poder de Deus em reparar os danos causados em nós mesmos.

W.S. Rezende