Se Deus me ama, por que não vou me amar?

Além de um discurso derrotista, de uma aparência derrotada, e uma expectativa infeliz; pode-se enxergar algo de bom? Após experiências frustrantes, lembranças amargas, e a insegurança constante da privação do amor; mesmo assim, podem-se haver sonhos bons?

A consciência da incapacidade humana é algo que nos faz depender mais de Deus, mas esta pura consciência vem a partir do conhecimento dEle. A proximidade com a magnificência divina nos convence de que somos pequenos, porém, que o amor de Deus por nós é imenso.

“Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16). Ao contrário de muitos, os cristãos não desprezam as dádivas excelentes de Deus. Entre essas, a maior, Cristo Jesus e seu amor!

No entanto, não é segredo que no mundo teremos aflições (Jo 16.33). Acontece que a consciência da incapacidade humana unida às aflições frequentes, tristeza e solidão pode gerar uma antipatia ao ser. Os constantes fracassos tornando-nos repugnantes! O que fazer quando o amor próprio está amortecendo?

Aquele que realmente conhece o Senhor se alegra somente quando Ele está presente. A percepção de que o Espírito Santo entristeceu-se conosco, gera também em nós, uma tristeza muito grande. Ora, e a falta de alegria nos torna fracos. Mesmo se não chegarmos ao ponto de sair da igreja ou mergulhar numa vida de pecados, podemos por momentos estar frios espiritualmente. É muito triste quando nossa adoração a Deus se torna deprimente.

Pensamos: “As promessas de Deus são muito boas para se cumprirem na minha vida.” Assim, desistimos de alcançar os dons de Deus. Será mesmo que não podemos ser abençoados? Será que os juízos de Deus são falhos?

“Maior é Deus do que o nosso coração” (1 Jo 3.20), e se Ele diz que podemos nos levantar, então podemos! E se faltar alegria, Cristo nos fará abundar nela! “O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração” – diz o Senhor (Lc 4.18).

Jesus Cristo veio para que tenhamos vida e a tenhamos com abundância; veio para nos alimentar, nos vestir da sua incorruptibilidade. Isso porque temos muito valor (Mt 6.26)! Sim, o valor pago por nós foi muito alto! Preço de sangue, sangue precioso derramado por nosso Senhor Jesus na cruz do calvário.

Portanto, clamemos pela comunhão com Deus e nos alegremos nela.

“Assim também vós, agora, na verdade, tendes tristeza; mas outra vez vos verei, e o vosso coração se alegrará, e a vossa alegria, ninguém vo-la tirará.” (Jo 16.22)

Wesley Santos Rezende

Assembleiano? Sim. Mas acima disso, sou cristão!

Entendo que há a necessidade da existência de denominações religiosas. No entanto, percebo que o orgulho de ser assembleiano tem excedido, em várias pessoas, o orgulho de ser cristão.

Sou assembleiano por perceber na Assembleia de Deus uma luta constante para a conservação da comunhão com o Espírito Santo. Na prática, vejo que existem muitas falhas na Assembleia, mas o saldo continua sendo positivo.

Não descarto a possibilidade de uma denominação inteira se tornar herege, mas sou convicto que o verdadeiro evangelho nunca será alterado. Por isso, sempre é louvável o protestantismo! Dentro da igreja, é necessário a constante exortação bíblica para que os possíveis resultados falhos das interações humanas não sejam estabelecidos como doutrinas.

Por ignorância ou hipocrisia, muitos têm negligenciado a existência de heresias no cotidiano assembleiano. Não é em vão que a Bíblia exorta-nos a julgar os espíritos (1 Jo 4.1), é um conselho prático por haver possibilidade da influência demoníaca em qualquer “culto”, em qualquer denominação evangélica. Não é em vão que a Bíblia exorta-nos a julgar as profecias (1 Co 14.29), é outro conselho para podermos conservar a valorização da legítima interferência profética.

Na verdade, até é importante a existência de heresias (1 Co 11.19). Mesmo assim, me preocupa o acréscimo notável na substituição dos conceitos bíblicos de espiritualidade por valores meramente emocionais (avareza, inveja, etc.). Agora, regozijo-me quando vejo os sinceros se manifestando.

No entanto, percebo que se tem aumentado o número de pastores tolerantes aos “showzinhos” e intolerantes aos repúdios pautados na Palavra de Deus. Principalmente, nota-se o silêncio dos pastores equivocados quando são confrontados! Negligenciam as críticas por não quererem “dar o braço a torcer”, não quererem desobedecer à hierarquia ministerial, ou pior, não acreditarem mais numa restauração doutrinária.

Exprimo minha tristeza! Se não há percepção de erros no “culto assembleiano” é porque há cegueira espiritual. Torno a citar: Em todas as reuniões religiosas é possível que, sob diversas influências, os homens cometam erros!

Sabendo da falhabilidade nas denominações, por que será que muitos insistem em defendê-las mais do que o próprio Evangelho? Com certeza estes interesses ocultos serão julgados por nosso Senhor Jesus Cristo.

Sou cristão! Insisto em imitar a Cristo acima de tudo.

Wesley Santos Rezende