“Descobrimos Que Você É Um Perdedor!”

Das várias oportunidades que tive na vida aproveitei as piores. Mas há uma exceção: eu aceitei a Cristo. A melhor coisa que me ofereceram e eu aceitei: Jesus Cristo, e a sua salvação. Após isso, aprendi a fazer boas escolhas. Jesus Cristo passou a fazer parte da minha vida; e nesta nova vida eu enxergo dádivas que com a Sua ajuda estão ao meu alcance.

Entretanto, depois de tudo ainda cometi erros. Não tento me justificar lembrando que todos os homens cometem erros. Eu sou culpado. Eu era culpado. Eu sou perdoado. Eu sou justificado (Rm 4.5; 8.33,34). Nada me impede de pedir perdão!

Tenho consciência dos meus erros, me envergonho deles diante de Deus. Por momentos, Satanás investe contra mim e eu fico envolto por suas acusações. E neste estado eu não oro a Deus, não busco a luz para que as minhas más obras não sejam reprovadas. Com isso, momentaneamente, tento me proteger da angústia e da dor. Mas é inútil. Afastar-me de Deus aumenta o meu sofrimento. Eu amo a Deus!

Mas o poder do Espírito Santo é maior! A minha tentativa de esconder-me dura pouco. Arrependo-me dela. Deus, por sua infinita misericórdia, me chama à Sua presença. Deus não me lançou fora!

Jesus e a Igreja são um (Mt 19.5,6). Cristo e eu somos um (Jo 17.21). Estamos unidos mediante o Seu sacrifício na cruz. Então por que tentam separar aquilo que é um? Por que insistem em enxergar em mim, como se fosse a minha realidade, a mediocridade que é a vida sem Cristo? Se conseguissem me separar de Cristo, eu me tornaria um perdedor (Rm 8.35-39). Mas Cristo está em mim, e por isso nunca conseguirão me analisar isoladamente.

Mas eles não reconhecem sua incapacidade, e forjam conceitos. Mentem e enganam. Eles me falam: “Descobrimos que você é um perdedor!”. É muita covardia ignorar os próprios erros, e se ocupar em condenar os dos outros para esquecer-se dos seus. No entanto, eles se distraem em me maltratar. Sempre fazem questão de lembrarem a decepção que sentem por mim.

Tudo isso por não conseguirem me entender. Por não me abrir com eles quanto à minha vivência diária – o que é desnecessário – acham que eu não confie neles, e por isso se sentem condenados por mim. Que loucura! Querem que eles sejam o principal foco da minha atenção. Sempre quero ajudá-los, mas nem sempre posso. Não se pode ter espírito faccioso, ter amigos restritos. Temos que fazer novos amigos, por em prática a nossa capacidade de amar o próximo. E a nossa atenção tem que estar dividida entre todos os que estão ao nosso alcance. Devemos ajudar amigos e inimigos.

Erraram em colocar em mim todas as suas esperanças. É óbvio que ficariam insatisfeitos. Mas, por isso, é correto afirmar que não tenho Deus na minha vida, que as minhas atitudes são más e que eu sou um fracassado?

A minha esperança maior é em Deus. Ainda bem que não sou movido pela admiração que tenham por mim. Sou movido pela vontade de agradar a Deus.


W.S. Rezende

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