Eu não sou o Cristo!


“E confessou e não negou; confessou: Eu não sou o Cristo” (Jo 1.20).

João Batista, em seu ministério, esteve em notoriedade. Muitos iam até ele (Mt 3.5), provavelmente entre essas pessoas, as motivações para procurá-lo eram as mais diversas. No entanto, mesmo com a popularidade, João nunca se esqueceu de lembrar o povo de sua imperfeição, e da perfeição daquele que viria (Jesus Cristo).

O apóstolo Paulo presenciando uma falha do apóstolo Pedro, repreendeu-o na presença de todos (Gl 2.11). Fiel e humildemente, Pedro aprovou na íntegra os escritos de Paulo, incluindo a repreensão que recebeu (2 Pe 3.15,16), ou seja, confessou que era imperfeito – confessou não ser o Cristo.

Paulo também foi repreendido, mas foi pelo próprio Senhor (2 Co 12.7-9). Foi-lhe permitido ser afetado por um mensageiro de Satanás por haver nele uma inclinação a exaltação própria naquele momento. Também, Fiel e humildemente, Paulo relatou sua imperfeição na carta aos coríntios – confessou não ser o Cristo.

Esses fatos não diminuem a autoridade desses servos de Deus, mas sim, são mais uma prova de que eles eram fiéis ao Senhor. Foram homens que defenderam o Evangelho, e não a si!

Hoje em dia, muitas coisas mudaram! Muitos pastores preferem conservar sua própria imagem, em detrimento da Palavra de Deus. Não aceitam mais serem corrigidos.

Dificilmente, ouve-se falar que um pastor foi repreendido – ainda mais a respeito de presidentes de convenções. Hum... Mas se todos nós erramos, por que esses pastores nunca são advertidos? Talvez seja porque estão cercados de obreiros bajuladores, homens covardes que agem apenas por interesse.

Já ouvi casos de pastores que adulteraram, e simplesmente foram transferidos por seus presidentes para congregações de outras cidades para “abafar” os casos. Isso em nome da “amizade ministerial” (Qual o valor do que está escrito em 1 Tm 5.20?).

Mas, é claro que isso não fica encoberto para a igreja, a fofoca rapidinho trata de espalhar a notícia. A igreja já está acostumada a testemunhar essas incoerências.

É claro que esse pecado é muito mais grave do que as falhas dos apóstolos (nem se compara!). Agora, se esses pecados estão “passando em branco”, imaginem as falhas menos graves!

Pode até parecer ridículo ou desnecessário, mas temos que confessar que não somos Cristo (somente Ele é perfeito!). Mesmo que seja esporadicamente, falhamos em palavras ou atos. Não é a nossa suposta perfeição que sustenta a obra de Deus, mas sim, a perfeição de Cristo em perdoar, purificar e aperfeiçoar os seus servos continuamente.

Wesley Santos Rezende

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