Eu sou legalista! (2)

“Não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo” (1 Co 9.21).

Se a nossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, não entraremos no Reino dos céus (Mt 5.20). Ora, como poderemos ser excelentes?

Primeiramente, observamos os exemplos que Bíblia exorta-nos a não seguir. Em parte, os ensinos dos fariseus estavam corretos, no entanto eles não praticavam suas palavras. Tanto é que o Senhor Jesus recomendou que se praticasse o que eles diziam, mas que não se seguisse conforme suas obras (Mt 23.3).

A lei de Moisés nos serviu de aio (Gl 3.24). É repleta de ritos e tradições, prefigurações da conduta e do sacrifício da vida cristã. Hoje em dia, não precisamos cumprir os ritos da lei de Moisés. No entanto, devemos cumprir a lei de Cristo (Gl 6.2).

Como já foi dito, é exigido mais de nós, cristãos, do que era exigido dos judeus. Sim, para que possamos exceder em justiça, temos que ter a oportunidade de sermos mais cobrados (Mt 5.21-48).

Ora, como conseguiremos cumprir a lei de Cristo? Amando a Cristo (Jo 14.15,21). Temos que amar a Palavra! Somente quando entendemos que os mandamentos são bons é que obedecemos de coração. Portanto, a aprendizagem das Escrituras é essencial.
Podemos ser melhores, também, por termos uma lei melhor: a Lei da Fé. Mas é necessário pô-la em prática (Tg 2.12)!

“Este é o concerto que farei com eles depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei as minhas leis em seu coração e as escreverei em seus entendimentos, acrescenta: E jamais me lembrarei de seus pecados e de suas iniquidades.” (Hb 10.16,17).

Wesley Santos Rezende

Eu sou legalista!

“Legalismo: Caráter de doutrina que, em quaisquer circunstâncias, prescreve a estrita obediência à lei e o respeito às instituições.” (Dicionário Aurélio).

Frenquentemente escuto o termo “Legalismo”, referindo-se à Lei de Moisés, à crença na salvação pelas obras. E principalmente, esse termo é utilizado no julgamento de pessoas que afirmam a existência atual de leis para a vida cristã, geralmente é citado em tom pejorativo.

Sim, a salvação é pela graça. Mas alcançamos esse dom de Deus por meio da fé (Ef 2.8). E, a fé sem as obras é morta (Tg 2.17) – o Senhor recompensará cada um segundo as suas obras (Rm 2.6).

Ora, como seremos julgados se a Lei de Moisés não tem mais valor? Agora a Lei de Moisés é substituída por uma lei melhor: a Lei da Fé (Rm 3.27). Deus há de julgar os homens, por Jesus Cristo, segundo as leis do evangelho (Rm 2.16). Sim, pela fé estabelecemos a lei (Rm 3.31).

“Porque os que ouvem a lei não são justos diante de Deus, mas os que praticam a lei hão de ser justificados.” (Rm 2.13).

Portanto, se obedecemos na íntegra a fé (Jd 3) andamos em novidade de vida (Rm 6.4), não mais ouvindo a carne, mas sim o espírito (Rm 8.1).

Geralmente os israelitas obedeciam à lei de Moisés por causa de imposições. Nós, ao contrário disso, alcançamos a perfeição quando obedecemos de coração (Rm 6.17).

Mas existe algo em comum entre a Lei de Moisés e a Lei da Fé? Sim, ambas nos convence da existência do pecado! Ora, mas por que a Lei da Fé é melhor? Porque quando a obedecemos somos libertos do pecado e feitos servos de Deus (Rm 6.22). Aleluia! A lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte (Rm 8.2).

Abaixo se encontram alguns itens dessa Lei (Rm 12):

• O amor seja não fingido;
• Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem;
• Amai-vos cordialmente uns aos outros;
• Não sejais vagarosos no cuidado;
• Sede fervorosos no espírito;
• Alegrai-vos na esperança;
• Sede pacientes na tribulação;
• Perseverai na oração;
• Abençoai aos que vos perseguem;
• A ninguém torneis mal por mal;
• Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.

“O amor não faz mal ao próximo; de sorte que o cumprimento da lei é o amor.” (Rm 13.10).

Wesley Santos Rezende

Eu não sou o Cristo!


“E confessou e não negou; confessou: Eu não sou o Cristo” (Jo 1.20).

João Batista, em seu ministério, esteve em notoriedade. Muitos iam até ele (Mt 3.5), provavelmente entre essas pessoas, as motivações para procurá-lo eram as mais diversas. No entanto, mesmo com a popularidade, João nunca se esqueceu de lembrar o povo de sua imperfeição, e da perfeição daquele que viria (Jesus Cristo).

O apóstolo Paulo presenciando uma falha do apóstolo Pedro, repreendeu-o na presença de todos (Gl 2.11). Fiel e humildemente, Pedro aprovou na íntegra os escritos de Paulo, incluindo a repreensão que recebeu (2 Pe 3.15,16), ou seja, confessou que era imperfeito – confessou não ser o Cristo.

Paulo também foi repreendido, mas foi pelo próprio Senhor (2 Co 12.7-9). Foi-lhe permitido ser afetado por um mensageiro de Satanás por haver nele uma inclinação a exaltação própria naquele momento. Também, Fiel e humildemente, Paulo relatou sua imperfeição na carta aos coríntios – confessou não ser o Cristo.

Esses fatos não diminuem a autoridade desses servos de Deus, mas sim, são mais uma prova de que eles eram fiéis ao Senhor. Foram homens que defenderam o Evangelho, e não a si!

Hoje em dia, muitas coisas mudaram! Muitos pastores preferem conservar sua própria imagem, em detrimento da Palavra de Deus. Não aceitam mais serem corrigidos.

Dificilmente, ouve-se falar que um pastor foi repreendido – ainda mais a respeito de presidentes de convenções. Hum... Mas se todos nós erramos, por que esses pastores nunca são advertidos? Talvez seja porque estão cercados de obreiros bajuladores, homens covardes que agem apenas por interesse.

Já ouvi casos de pastores que adulteraram, e simplesmente foram transferidos por seus presidentes para congregações de outras cidades para “abafar” os casos. Isso em nome da “amizade ministerial” (Qual o valor do que está escrito em 1 Tm 5.20?).

Mas, é claro que isso não fica encoberto para a igreja, a fofoca rapidinho trata de espalhar a notícia. A igreja já está acostumada a testemunhar essas incoerências.

É claro que esse pecado é muito mais grave do que as falhas dos apóstolos (nem se compara!). Agora, se esses pecados estão “passando em branco”, imaginem as falhas menos graves!

Pode até parecer ridículo ou desnecessário, mas temos que confessar que não somos Cristo (somente Ele é perfeito!). Mesmo que seja esporadicamente, falhamos em palavras ou atos. Não é a nossa suposta perfeição que sustenta a obra de Deus, mas sim, a perfeição de Cristo em perdoar, purificar e aperfeiçoar os seus servos continuamente.

Wesley Santos Rezende

As sete igrejas

Teoricamente, nas igrejas Assembleias de Deus são ensinadas as mesmas doutrinas. Mas, é evidente que esses ensinamentos nem sempre são postos em prática com fidelidade.

Sempre escuto sobre atitudes que são comuns em nossa igreja em outras cidades. Tais atitudes são referidas por terem gerado escândalo ou dúvidas. E, também sempre tem aquele que tenta trazer as “novidades” para o nosso meio.

Ora, ainda não estou falando de usos e costumes! Mas sim, sobre as influências culturais (regionais) malignas aceitas em algumas de nossas igrejas.

Estamos estudando na EBD sobre a igreja de Corinto, como estava com problemas por se pautar na cultura degenerada daquela cidade. Atualmente, muitas igrejas encontram-se na mesma situação. Por priorizarem as tradições regionais afastam-se da verdade bíblica.

Muitas pessoas tentam justificar suas falhas embasando-se nas diferenças práticas entre as Assembleias de Deus, ou simplesmente não dão mais crédito à Palavra de Deus por não haver uma “mesma língua”. Esses são levados em roda por todo vento de doutrina (Ef 4.14).

Enfim, é possível haver, dentre as Assembleias de Deus, as mesmas práticas? Deixando as utopias de lado, a minha resposta é: Não!

As sete igrejas da Ásia receberam o mesmo Evangelho; no entanto, a situação em que se encontravam divergia muito. Por isso os conteúdos das sete cartas são diferentes.

A igreja de Éfeso foi exortada a voltar à primeira caridade (Ap 2.4), a igreja de Pérgamo foi exortada a respeito da doutrina de Balaão e dos nicolaítas, as quais o Senhor aborrece (Ap 2.14-16)...

Em nossos dias, entre as Assembleias de Deus, existem aquelas igrejas que estão agradando mais a Deus com as suas obras, como foi o caso da igreja de Filadélfia. Mas, existem aquelas que estão desonrando a Deus, como a igreja de Laodicéia.

Portanto, é nosso dever analisar a situação real de nossa igreja. Entre as sete cartas, a igreja em que você congrega mereceria receber qual (quais)?

É verdade que não existe igreja perfeita, mas sempre devemos buscar a perfeição (Ef 4.11-13). Iniciando-se na correção dos erros graves.

Os que dizem ser apóstolos são postos à prova em sua igreja (Ap 2.2)? As igrejas situadas em cidades extremamente corruptas estão guardando a fé (Ap 2.13)?

Assim diz o Senhor: “Eu sei as tuas obras” (em todas as sete cartas).

"Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha" (Mt 7.24).

Wesley Santos Rezende